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110) : "Se soubesses quantas superstições me dás. Assim
que me ponho a trabalhar coloco o talismã no dedo; este
anel estará no meu dedo durante todas as rainhas horas de
trabalho. Coloco-o no primeiro dedo da mão esquerda com
o qual seguro o papel, de forma que teu pensamento me
abraça. Estás aqui comigo. Agora, em lugar de procurar no
ar as palavras e as idéias, eu as peço a este delicioso anel,
e nele encontrei todo Séraphita." E a carta continua com a
profissão de fé de um amor único, eterno, celeste. O ser
andrógino Séraphitüs-Séraphíta é a própria encarnaçao do
gênio de amar. Do amor feminino e do amor masculino, ele
cria uma unidade.
Mas a obra que. no início, devia ser uma carta de amor,
uma carta que Balzac se propunha a escrever, no entusias-
"
mo do amor, em três semanas'1, assume, com o passar do
tempo, outro alcance. Séraphítüs-Séraphita não ficará ape-
nas como a dupla personalização da dialética animus-anima.
dialética que se tornou familiar aos leitores da psicanálise
moderna. Com efeito. Séraphítü-S-Séraphita em breve ostenta
o signo de uma síntese maior, a síntese do ser terrestre e do
ser imortal. E é o destino de transcendência do ser humano
que logo constituirá o tema central de Séraphita.
intervém então devaneios mais antigos, sonhos de ju-
ventude, meditações filosóficas de uma adolescência solitá-
ria, leituras da grande solidão. E Séraphita desprende-se da
paixão ocasional, Séraphita torna-se swedenborguiana. Ela
não é, além de tudo, uma compensação que retifica todos
os infortúnios encontrados no amor de uma mulher do mun-
do? Talvez haja aí um belo exemplo de fuga para o ideaL
Mas ultrapassaríamos os limites impostos ao prefácio desta
obra se buscássemos no grande escritor todas as provas da
vida compensada, É preciso alcançar o centro de meditação
que caracteriza Séraphita, centro de meditação que, dirá
Balzac posteriormente, põe em perigo a razão humana '.
O problema central é o problema do swedenborguismo de
Balzac.
Eis portanto as questões a elucidar : como se situa a
swedenborguiana Séraphita no conjunto dos seres balzaquia-
nos? É ela um ser do saber extraído por Balzac de leituras
arrebatadas ou é um ser formado em meditações pessoais
que condensam sonhos essenciais? A obra é classificada nos
Etudes Philosophiques de Balzac. Mas de que filosofia st*
trata? De um sistema ou de uma experiência?
Em resposta a essas perguntas, gostaríamos de mostrar
que o swedenborguismo de Balzac é unia experiência psíqui-
lembro de 1833: "O editor de .Sííro-
d
arta de 8 de

. ei2 a qu
Pr i :ro dia do £ino.:i (N. do A.)
sto de J835: "Enfim, terei terminado
de
Utt res à Vfitrcingè de 24
" re. Caria
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ufa. Mas nbém. estarei vivo oi de possa de minlia razão em 183o.
mei jrebro se inflama. Morrerei na falha
Duv ido. Às ve:zes. pareceí-me que
1 , j i, l
eiigencia
\()2 O DIREITO DE SONHAR
ca positiva e que o leitor receberá o benefício dessa expe-
riência se aceitar, como indução dinâmica, as linhas de ima-
gens balzaquianas.
Para se ler o próprio Swedenborg, para lê-lo com sin-
cero interesse, para prosseguir numa leitura começada, é
preciso ser, antes de qualquer leitura, um swedenborguiano
em potencial. Então, pouco importa que se leia. na imensa
obra do iluminado do Norte, um livro, ou dois, ou vinte.
Poucas páginas são suficientes para avalizar as luzes swe-
denborguianas inatas, para dar crédito aos impulsos diretos,
aos impulsos nativos que projetam o ser humano num ver-
ticalisrno sem desfalecimento. Balzac traz em si, como
"engrama"R de toda ascensão imaginária, o dinamismo
swedenborguiano. Certamente, muito jovem ele teve entre
as mãos livros do grande sueco. As confidencias colhidas
em Louis Lambert o comprovam. A edição francesa do livro
de Swedenborg: Do Último Juízo e da Babilônia Destruída
é de 1787. Em 1829, quatro anos antes que Balzac come-
çasse Séraphita, era publicada a tradução de um dos livros
centrais do swedenborguismo : Do Céu e de suas maravilhas
e do Inferno segundo o que lá foi ouvido e visto. Nessa única
obra poder-se-ia encontrar tudo o que é necessário para so-
terrar com documentos precisos todas as imagens contidas
em Sêraphíta. 0 contrário, parece-nos, é que é necessário
fazer. É preciso assentar as imagens em sua primazia, em
seu dinamismo primitivo. Uma vez tendo surpreendido esse
dinamismo, entenderemos que as visões de Swedenborg '"so- [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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